terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Formação para a comunidade - educação especial

De 29 de Fevereiro a 21 de Março de 2012 realiza-se em Queluz o ciclo de seminários "Formação para a Comunidade - Educação Especial", uma iniciativa organizada por Cátia Hedviges Marques e Margarida Loureiro no quadro das actividades do Centro de Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação de Sintra (CRTIC) em parceria com a Câmara Municipal de Sintra, a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e a Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21 (APPT21).

O primeiro seminário realiza-se amanhã ao final da tarde (17h30) e será dedicado à questão "Tenho um filho com NEE. E agora?", com Carla Hébil (professora). Inclusão do aluno cego na comunidade escolar (8 de Março), direcção de turma com alunos com necessidades educativas especiais (14 de Março), diagnóstico e intervenção na trissomia 21 (21 de Março) são algumas das questões abordadas ao longo deste ciclo.

Programa

Seminário 1, 29 de Fevereiro
Tenho um filho com NEE. E agora?
Carla Hébil

«A inclusão de um filho no sistema educativo português requer o conhecimento do enquadramento legal. Com a publicação do Dec. Lei 3/2008 de 7 de Janeiro, que regulamenta todo o processo referente a alunos com Necessidades Educativas Especiais, assistiu-se a uma mudança de paradigma face a todo o processo de inclusão educativa destes alunos, com lugar a uma maior participação activa dos pais. O conhecimento dos procedimentos, das medidas educativas contempladas em lei assim como o seu papel em todo esse processo contribui para um maior sucesso na inclusão dos seus filhos. Falando-se a mesma linguagem a parceria escola-família resultará num facilitador em todo o seu percurso escolar.»

Seminário 2, 8 de Março
A inclusão do aluno cego na comunidade escolar
Peter Colwell

«O orador tentará fornecer recomendações práticas aos Encarregados de Educação, aos Professores e aos Assistentes Operacionais, que permitirão facilitar a inclusão dos alunos com deficiência visual na escola, contribuindo para uma maior autonomia. Parte do princípio que um aluno com deficiência visual é, antes de mais, uma criança que necessita de ter muitas vivências e conhecer o sucesso e o fracasso, maximizando as suas potencialidades, desenvolvendo competências e descobrindo interesses. Considera que um professor de uma qualquer disciplina, poderá introduzir pequenas alterações nos seus métodos do ensino, que beneficiarão todos os alunos, com e sem deficiência visual. Por outro lado, considera que a maior barreira à inclusão de alunos com deficiência visual são as de natureza atitudinal dos membros de comunidade escolar e dos agregados familiares.»

Seminário 3, 14 de Março
Sou Diretor de uma Turma com alunos NEE. E agora?
Carla Hébil

«Com a publicação do Decreto-Lei 3/2008 de 7 de Janeiro, foram dadas novas orientações para a constituição do processo referente a alunos com Necessidades Educativas Especiais - NEE. O Educador de Infância/Professor Turma/Director de Turma passa a ser o responsável pela coordenação do todo o processo, nomeadamente na elaboração e implementação do Plano Educativo Individual - PEI. O conhecimento de todas as etapas descritas em legislação, instrumentos integrantes do processo, medidas educativas previstas e operacionalização das mesmas em contexto de sala de aula, pelos Educadores de Infância, Professores de Turma (1º ciclo) e Directores de Turma (2º e 3º ciclos) contribuirão para o sucesso de inclusão educativa dos alunos com NEE.»

Seminário 4, 21 de Março
Trissomia 21 - Do Diagnóstico à Intervenção
Mafalda Antunes, Helena Miguel, Luísa Cotrim, Marcelina Souschek

«Numa perspetiva transversal à vida da criança/jovem/adulto, o trabalho desenvolvido na APPT21 procura responder de forma eficaz às necessidades de quem é portador desta doença genética.
A equipa multidisciplinar da APPT21 (Psicólogos, TSRP´s, Pediatras, Neuropediatras, Psiquiatras) procura desenhar o plano médico, educacional e social para cada indivíduo, envolvendo neste trabalho todos os seus agentes educativos.

Será dada a conhecer a Instituição, o Fenótipo Desenvolvimental da Trissomia 21, o Programa Médico que é seguido e as Metodologias de Avaliação e de Intervenção relacionadas com esta patologia, bem como o testemunho de um “Pai21”.»